Análise do Comportamento Aplicada – ABA e o Autismo

Primordialmente a Análise do Comportamento Aplicada ou ABA, é uma ciência destinada a desenvolver pesquisas com aplicações práticas, tendo como objeto de estudo o comportamento do sujeito comparado a ele mesmo. O método de pesquisa, também conhecido como delineamento do sujeito único, visa mensurar determinado hábito de forma quantitativa. Assim como a funcionalidade pelo qual o comportamento está sendo mantido, através  da investigação dos dados obtidos. O analista do comportamento realiza comparações experimentais, resultando desta forma uma investigação científica. Evidenciando as relações causais e montando táticas de modificação do ambiente para proporcionar o ensino de novas habilidades e condutas mais socialmente aceitas. 

Como a ABA funciona?

Nesse sentido, a análise experimental do comportamento, por mais de cinquenta anos, vem identificando os princípios básicos que controlam determinado comportamento, seja ele no homem ou mesmo em animais. Isso significa dizer que mapeou-se a probabilidade de determinado comportamento acontecer a partir de contingências ambientais, resultando assim em uma previsibilidade comportamental com a possibilidade do aprendizado de novas competências através do ambiente natural do indivíduo.

A análise do comportamento visa elaborar tecnologias, processos ou técnicas para o ensino em vários domínios da atividade humana. Através das tecnologias comportamentais se desenvolvem a estruturação e o fortalecimento dos repertórios. Assim como o enfraquecimento de condutas excessivas que podem ser prejudiciais para a saúde física, emocional e/ou para o convívio social.

Tais tecnologias são por sua vez desenvolvidas para o estruturação e fortalecimento de repertórios comportamentais que estão em defasagem, assim como o enfraquecimento de condutas excessivas que podem ser prejudiciais para a saúde física, emocional e/ou para o seu convívio social.

ABA somente para o Autismo?

ABA não é de aplicação exclusiva para o Autismo, sendo efetuada nas diversas populações e nos mais diferenciados contextos. Onde houver comportamento humano, é passível deste ser estudado em sua funcionalidade de conduta. E a partir deste montar tecnologias para uma modificação mais adaptativa que é individual e específico para cada indivíduo.

Quando falamos sobre intervenções comportamentais, não existe uma “receita de bolo” ou caminho mútuo a ser trilhado pelo aprendiz. Por mais que haja pré-requisitos básicos para o aprendizado, como por exemplo o ensino da imitação, que proporciona ao indivíduo observar e imitar um dado comportamento nos mais variados contextos, oportunizamos o que chamamos de generalização do comportamento.

Através desta generalização o hábito de observar e imitar pode nos ajudar na adaptação nos mais variados contextos do nosso quotidiano. Relatemos aqui uma situação em nosso contexto social: Imaginemos que estejamos indo pegar um metrô em uma estação de trem desconhecida. Até que saibamos aonde comprar o bilhete ou em que plataforma seguir, observamos o ambiente e buscamos pistas de como os outros estão fazendo para que assim repliquemos o comportamento e alcancemos o objetivo determinado. Esta habilidade é essencial para saibamos o que fazer em uma situação nova ou inesperada. Através do estudo do sujeito único, a análise experimental determina as metas de ensino individuais do aprendiz que são normalmente distintas em graus de importância para cada contexto familiar.

Como a Análise Aplicada do Comportamento auxilia no tratamento do autismo?

O comprometimento generalizado na comunicação, interações sociais e o estreito interesse em atividades ritualizadas e repetitivas  é em tese a definição para o autismo . A análise do comportamento vai utilizar da estruturação das tecnologias de ensino para propagar novas habilidades e interesses para o aprendiz.  Déficits e excessos comportamentais como por exemplo a falta de comunicação e a emissão de comportamento auto lesivo são comuns no autismo . Através da Análise Aplicada do Comportamento podemos manipular o ambiente para desenvolver tais déficits e diminuir excessos.  Temos uma posição privilegiada para o aprimoramento de condutas mais eficazes através da ABA, por se tratar de uma ciência baseada em evidências.

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